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Comportamento 

Entenda como a infidelidade financeira pode atrapalhar os relacionamentos, sugar baby

Considerando o complexo relacionamento com o dinheiro que a grande maioria tem, é comum observar pessoas que não conversam sobre finanças e mantêm sigilo sobre alguns gastos. É um tema de grande carga emocional, não é mesmo, sugar baby? Na infidelidade financeira, muitos casais escondem qualquer questão delicada a respeito do dinheiro e isso pode abalar as bases do relacionamento, gerando desconfiança entre o casal. Rebeca Toyama especialista em conscientização financeira, aborda o assunto de maneira mais prática e apresenta dicas de como trabalhar esse distúrbio financeiro.
De acordo com o estudo da empresa americana Creditcards.com, nos Estados Unidos, uma em cada cinco pessoas reconhece ter escondido uma dívida, uma conta de cartão de crédito ou hábitos de compras compulsivos do parceiro. Segundo a pesquisa feita pela Revista Money com 1.001 pessoas, 40% dos pesquisados, homens e mulheres, admitiram dizer ao cônjuge ter pagado menos por uma compra do que realmente pagaram.
A prática de infidelidade financeira é identificada quando o casal mantém segredos importantes a respeito dos gastos e finanças de forma deliberada, como fazer compras fora do orçamento combinado, por exemplo. Segundo a especialista, muitos comportamentos nascem de problemas de confiança enraizados na infância. “Consideramos a infidelidade financeira como um distúrbio, onde vemos armadilhas comportamentais persistentes, porém inconscientes. É mais comum do que se imagina, e geralmente se faz para evitar conflitos e sermões, pois o dinheiro é a área número um de confrontos dentro de relacionamentos.”, explica Rebeca.
Os pesquisadores Brad Klontz e Ted Klontz dizem que a infidelidade financeira se inicia da falta de confiança já presente no relacionamento, por diversas razões a princípio não relacionadas ao dinheiro. Mas de fato, a falta de transparência e comunicação, pode acarretar conflitos. “O dinheiro é símbolo de poder, segurança e controle, então quando se briga por dinheiro, a discussão acaba impactando outras áreas, provocando desentendimentos, prejudicando a confiança e em alguns casos, levando até ao divórcio.”, alerta a especialista em conscientização financeira.
A infidelidade financeira está atrelada a falta de sintonia, diálogo e sinceridade, e para Rebeca, a única saída é avaliar como contribuir para ajudar o parceiro envolvido nos atos de infidelidade, além de observar o próprio comportamento. “Muitas vezes os traidores financeiros sentem necessidade de esconder despesas porque são casados com intimidadores financeiros, que usam o dinheiro para controlar e intimidar o parceiro.”
A especialista preparou um passo a passo com cinco dicas para evitar e enfrentar a infidelidade financeira:
1 – Fale a verdade: converse abertamente sobre as finanças e entender quais são as necessidades do casal;
2 – Aceite o plano: desenhe e discuta quais são as melhores estratégias para os gastos e poupança. Entenda quais são as necessidades do parceiro e exponha as suas também, esses componentes são essenciais para um relacionamento financeiro saudável;
3 – Siga o acordo: a parte mais difícil. É saudável determinar um período inicial de experiência de 30 a 60 dias, após o combinado, para o casal responder essas três perguntas: O plano está funcionando para mim? Está funcionando para você? E está funcionando para o nosso relacionamento? Se a resposta for negativa, será necessário renegociar e criar um plano alternativo;
4 – Estabelecer planos de emergência: sempre importante ter um plano de reação quando surgir alguma dificuldade. Para situações onde o casal não consegue dialogar sobre dinheiro e chegar a um acordo, o ideal é incluir a ajuda de um profissional como conselheiro, psicólogo ou terapeuta familiar.
5 – Controle ou liberdade? É preciso estabelecer claramente as regras do jogo. Manter uma planilha em comum é fundamental, mas determinar uma cota de gastos individuais ajuda a manter a privacidade que também é necessária na vida financeira. Determinar uma cota para gastos como saúde, higiene pessoal, vestuário e imprevistos é importante, mas esse valor precisa ser seguido e não ultrapassar o limite estabelecido previamente é fundamental.

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