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Comportamento 

Como as pessoas emocionalmente inteligentes estão lidando com a pandemia

Em qualquer momento de nossas vidas, a inteligência emocional é uma competência que faz a diferença, sugar baby! Agora, na quarentena, essa habilidade se tornou ainda mais importante. Comportamentos como autossabotagem, aborrecimento, culpar outras pessoas, ansiedade e a dificuldade em interpretar as emoções são alguns dos mais comuns que revelam a falta de inteligência emocional e, principalmente, os maus hábitos que desenvolvemos e carregamos vida afora. E agora, mais do que nunca, é hora de aprender com quem está lidando bem com a pandemia. Bia Nóbrega, psicóloga, enumera algumas das atitudes de inteligência emocional para atravessar esse período delicado:

    • Pare de se preocupar com o futuro: preocupar-se com o futuro significa negar a natureza incerta da vida. Almejamos ordem e certeza, mas há uma grande diferença entre tomar medidas para reduzir a incerteza e ficar tão aterrorizada com isso, ao ponto de acreditar que podemos eliminá-la. Preocupar-se pensando ou executando inúmeros cenários hipotéticos não significa que você esteja melhor preparada para o futuro. Pessoas emocionalmente inteligentes entendem que a vida é inerentemente incerta e entendem que é melhor encarar essa realidade. Quando você para de se preocupar com o futuro, sobra tempo e energia para viver o hoje, o aqui e agora, em sua plenitude.
    • Pare de reviver o passado: ruminar o passado, com seus erros – e também acertos – é uma tentativa equivocada de controle, outra necessidade humana. Todavia, a análise recorrente de seus erros passados não mudará o que aconteceu. Pessoas emocionalmente inteligentes não apenas entendem, mas aceitam esta triste realidade. Se você deseja seguir em frente com sua vida, em vez de ficar presa no passado, deve aceitar o passado pelo que é – incluindo se sentir impotente. Em caso de dúvida, aja no presente, faça algo útil agora, por menor que seja, e resista à tentação de reproduzir mais uma vez comportamentos do seu passado.
    • Pare de criticar o “mundo”: criticar os outros geralmente é um mecanismo de defesa inconsciente que visa aliviar nossas próprias inseguranças. Pensar com cuidado e crítica sobre o mundo ao nosso redor é uma necessidade, pois nos ajuda a navegar de maneira mais objetiva. Todavia, o hábito de criticar os outros e tudo pode levar ao oposto da objetividade: nos tornar tacanhas e cegas. Uma das razões pelas quais é tão fácil passar a criticar os outros habitualmente é que isso nos faz sentir bem: quando você diz que alguém é ignorante, no fundo o que está dizendo é que você é inteligente, ou quando você ri da roupa que alguém está vestindo, no fundo o que está pensando é que se veste bem. Críticas úteis são sobre melhorar o mundo. Críticas inúteis são sobre como se sentir melhor. Embora ser crítica possa temporariamente fazer você se sentir bem consigo mesma, geralmente faz com que você se sinta pior a longo prazo. Pessoas emocionalmente inteligentes entendem que criticar os outros é apenas um mecanismo de defesa primitivo, e que existem maneiras muito melhores e mais produtivas de lidar com nossas ansiedades e inseguranças. Criticar os outros é um desperdício de tempo e energia, que poderiam ser investidos na melhoria de si e do mundo ao seu redor.
    • Pare de esperar demais: satisfação é igual realidade menos expectativa. Só há um jeito para ser feliz, controlar a expectativa, já que há outras variáveis que não controlamos. Expectativas irrealistas são uma tentativa equivocada de controlar pessoas e situações. Manter uma expectativa irrealista significa que você passa um tempo criando histórias em sua mente sobre o que as outras pessoas devem fazer e/ou como as situações devem ocorrer. E quando não ocorre como imaginado, inevitavelmente, você se sente frustrada e decepcionada. Como você responde a essa frustração e decepção? Criando expectativas ainda mais elaboradas, porque isso faz você se sentir bem e no controle. A solução é controlar sim, mas somente as suas expectativas. Pare de criar histórias e apenas esteja presente para a pessoa que é. Entregue-se para as suas lutas atuais ao invés de sonhar acordada com seus sucessos futuros, estabeleça limites possíveis de comportamento ao invés de desejar a perfeição, aceite as pessoas onde e como elas estão, em vez de onde e como você quer que elas estejam.

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