Você é inteligente?
Qual a primeira resposta que vem à sua mente quando você pensa na sua inteligência? Você se considera inteligente? Ou não? A psicóloga Lucia Moyses explica que, antigamente, o conceito de inteligência se resumia somente aos testes de QI. Um QI considerado alto, ou acima dos 120 pontos, revelava a inteligência de uma pessoa. Por muitos anos, esse número insensível e impiedoso marcou a forma como as pessoas se viam perante a própria inteligência, como eram julgadas na idade escolar e, mais tarde, nas profissões. Hoje, o conceito de inteligência já não é mais o mesmo, mas ainda assim, muitos ainda se avaliam por um único número que só simboliza uma parte de sua capacidade mental.
As empresas estão cada vez mais competitivas entre si e o mercado de trabalho, cada vez mais difícil. Os líderes começaram a perceber que algumas pessoas eram extremamente inteligentes, porém não conseguiam sociabilizar com o resto da equipe. Tinham dificuldades de relacionamento, de fazer parcerias, de colaborar com o próximo. Atualmente, há um consenso de que quanto maior a colaboração entre os membros de uma equipe, melhor o trabalho fluirá, maior a produtividade. Não há mais espaço para competições e sim para interações. Ficou claro que somente a inteligência lógica e matemática não eram suficientes para reconhecer um bom funcionário. Outras características passaram a ser tão ou mais valorizadas que a inteligência medida pelo QI.
Na década de 1990, o interesse pela inteligência emocional foi despertado pelo livro de Daniel Goleman que descrevia essa capacidade como a maior responsável pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos. Um indivíduo emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar e controlar suas emoções, de forma que elas possam ser utilizadas em seu benefício. Os pilares da IE são o autoconhecimento e o controle emocional, a automotivação, a empatia e os relacionamentos interpessoais. A inteligência emocional melhora os relacionamentos. Diminui a ansiedade e o estresse. Aumenta a empatia, o poder de decisão e a produtividade. Eleva a autoestima. Facilita a conquista do equilíbrio.
Hoje, as diversas inteligências são classificadas em Inteligência Linguística, Matemática, Musical, Espacial, Corporal, Intrapessoal, Interpessoal, Espiritual, Naturalista e Existencial. Cada uma revela uma habilidade, um talento que o indivíduo apresenta. Mas, e as pessoas que não se acham boas em nada? Primeiro, isso não existe. Todas nós possuímos algumas inteligências, senão todas, mesmo que nenhuma delas se destaque. Algumas pessoas terão uma ou outra inteligência bastante alta, enquanto outras terão maior equilíbrio entre suas aptidões. Segundo, todas as inteligências podem ser desenvolvidas. Nossa mente não tem limites para aprender, para se remodelar, para se tornar mais eficiente. Bastam os exercícios e a prática.
A maioria das pessoas se preocupa em fazer exercícios físicos. Cinco vezes por semana, mesmo sem ter a mínima vontade, levantam pesos, correm, fazem abdominais e procuram um corpo cada vez mais perfeito. Nada de errado nisso. E quanto às outras inteligências? Alguém se preocupa em desenvolvê-las? O importante é unir essas inteligências de tal forma que juntas elas facilitem o seu caminho para uma vida mais plena, mais feliz e mais satisfatória. O indivíduo mais inteligente é aquele que se sente mais realizado pessoal e profissionalmente. Agora voltando à primeira pergunta, você é inteligente, sugar baby?